O café, segunda bebida mais consumida no mundo depois da água, enfrenta preços recordes devido à queda na produção global, impactada por fatores climáticos. A saca de 60 quilos de café arábica atingiu o valor de R$ 2.154, representando um aumento de 7% em um ano. Porém, para os consumidores finais, o impacto é ainda maior, com um aumento de até 40% no preço dos produtos nas prateleiras.
A crise no setor cafeeiro não afeta apenas o Brasil, maior produtor mundial, mas também outros países importantes como Vietnã e Colômbia. Com isso, uma solução alternativa começou a surgir no mercado: o chamado “café fake”.
A bebida, que imita o sabor do café, já foi encontrada em supermercados como os de Bauru, no interior de São Paulo. Comercializado com embalagens semelhantes às de café tradicional, o produto tem gerado polêmica. Fabricado pela empresa Master Blends, o café fake é apresentado como uma bebida que não utiliza os grãos de café, mas sim partes como cascas, palha, folhas e galhos da planta.
Com preço mais acessível – cerca de R$ 13 o quilo, comparado aos R$ 30 do café tradicional – o café fake divide opiniões. Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic), Celírio Inácio da Silva, o produto representa uma tentativa de enganar os consumidores, já que sua embalagem, embora legalmente clara, pode causar confusão devido à aparência semelhante aos cafés convencionais.
Diante disso, especialistas alertam para a necessidade de atenção redobrada no momento da compra. Para os amantes do verdadeiro café, a recomendação é conferir cuidadosamente os rótulos e se certificar da autenticidade do produto antes de levá-lo para casa.
